quinta-feira, 23 de maio de 2013

Tipos de fãs que encontramos por aí.

Com o advento da internet, fãs fervorosos de artistas pop tiveram a oportunidade de se encontrar em salas de bate-papo e grupos virtuais. Me lembro até hoje a felicidade que senti ao entrar pela primeira vez na sala das Spice Girls do chat UOL.
Mas, como sou (ou pelo menos penso que sou) uma pessoa normal, consegui não me expor muito nesses ambientes e assumi desde cedo a postura de espectador, participando raramente das discussões e das (muitas) brigas e picuinhas características de lugares cheios de pessoas loucas.
Depois de muitos anos em comunidades do Orkut e grupos do Facebook, consegui catalogar cada tipo de fã. E como este é um estudo antropológico de tremenda importância, compartilharei a partir de hoje algumas das espécies mais interessantes e assustadoras.
E que fique claro que não me baseei em nenhuma pessoa específica aqui, antes que fãs xiitas (objetos de estudo para um próximo post) me ataquem em suas comunidades.

Róisín sente vergonha de você

O fã underground
Esta pessoa gosta de ser exclusiva e única. Fica lotando a timeline alheia com clipes e noticias daquela cantora norueguesa que ninguém nunca ouviu falar, posts cheios de autoelogios por ser o único conhecedor de uma artista tão boa. Mas se por algum motivo qualquer o artista que ele gosta lança uma música decente que faz sucesso e cai no gosto popular, o interesse dele some na hora. Se esse artista tiver uma música em alguma novela então, é o fim do mundo. Ele não vai perder uma chance de criticar tanto o artista quanto os novos fãs.
O fã underground é conhecido por usar termos como "orkutizou" e por acusar algum artista de haver se vendido.

rs

O fã que não gosta de nada que seu artista favorito faz
Aquele típico fã da Kylie Minogue que queria que ela fosse a Rihanna. Está sempre pronto para criticar qualquer coisa nova lançada pelo artista que ele gosta, falando que é pouco comercial, que não vai emplacar nos Estados Unidos, etc. Ele basicamente vira fã de um artista e passam a desejar que esse artista mude todas as suas características para se igualar a qualquer artista genérico desses que aparecem aos montes no top 10 MTV.
Alguns chegam até a declarar publicamente que desejam que seu artista favorito "enfarofe", só para que suas músicas passem a tocar na pista das baladas de baixo-nível que eles costumam frequentar.
Até hoje a ciência e a psicologia não conseguiram desvendar a mente dessas pessoas e entender o porquê deles acompanharem a carreira de um artista que nunca os agrada.

Gostosas!

O fã mal-resolvido
Esta pessoa costuma ser grande fã de artistas gays ou que têm uma conexão forte com o público gay. Ele coleciona todos os singles do Erasure, mas faz questão de dizer que gosta deles por causa dos instrumentais do Vince Clarke. É aquele cara que vai em todos os shows dos Pet Shop Boys e não consegue não fazer um comentário do tipo: "aquela dançarina é a maior gostosa". Também faz questão de desmerecer todo trabalho de seu ídolo que apresente conteúdo declaradamente gay ("Todos os clipes dos Pet Shop Boys são ótimos, menos Paninaro '95"). Ele ainda fica super-revoltado quando alguém diz que os fãs do artista x são gays, como se ser confundido com um gay fosse motivo de revolta.
Costuma ter dificuldade em entender que os frequentadores de grupos virtuais estão afim de discutir o assunto do grupo sem ter que sempre ler um comentário autoafirmativo. 

OMG! A COPIONNA ATACOU DE NOVO!

O fã especialista em copyright
Nada se cria, tudo se copia. Esse é lema deste fã, que consegue encontrar semelhanças entre quaisquer dois artistas e acusar um deles de plágio. Costuma ser fã de cantoras como Madonna, Kylie e Lady Gaga. E, da mesma maneira que usa o microscópio fervorosamente para encontrar quem copie sua musa, faz vista grossa quando a sua diva é quem parece ter usado uma ideia parecida com a de outra cantora.
Apesar de falar muito mal das cantoras que acusa de plágio, ele estuda a vida e a obra delas tanto quanto ou até mais que os próprios fãs da cantora imitadora.

Mais fãs lunáticos serão analisados aqui em breve! Se você quiser contribuir com algum outro exemplar, é só deixar um comentário!

terça-feira, 21 de maio de 2013

7 músicas que Diana Ross não vai cantar no show dela :(


A notícia do mês é a turnê brasileira da Diana Ross, que foi anunciada ontem. Para quem não esperava ver um show dela tão cedo, ver dois shows seguidos será como estar no paraíso.

E, enquanto o show não chega, vamos celebrar a obra dessa maravilhosa cantora. Começaremos hoje com 7 músicas que há muito tempo não aparecem no repertório de Miss Ross (se você chama-la de qualquer outra coisa, ela não vai gostar), mas que deveriam fazer, por um motivo ou outro.

7. Work That Body
Diana deve ter sido uma das poucas celebridades ativas nos anos 80 que nunca lançou uma fita de ginástica (a dificuldade de qualquer um em igualar a magreza dela provavelmente frustraria o consumidor). Mas com esta música e clipe ela chegou quase lá. O clipe foi um dos primeiros que ela lançou depois de deixar a conservadora Motown, e ela estava doidinha para aproveitar a liberdade criativa e exibir o corpinho.


6. It's My Turn
Foram tantas baladas maravilhosas lançadas nesses 50 anos de carreira, que é impossível cobrir todas em um só show. It's My Turn não entra nas setlists de Miss Ross desde os anos 90 para dar lugar a canções bem mais famosas como o tema de Mahogany e Endless Love. Mas isso não quer dizer que seja menos boa. A letra da canção é bem significativa, já que é um grito de independência e foi a última canção lançada por ela na Motown, antes de quebrar o contrato que vinha desde o início das Supremes.
Para deixar tudo ainda mais emocionante, ouçam a música com a tradução simultânea.


5. Gettin' Ready For Love
Baby It's Me, de 77, é o disco mais esquecido de Diana e passou despercebido pelo público em seu lançamento. Música não era a prioridade dela na época, já que a carreira no cinema estava se mostrando bastante promissora. O primeiro single do álbum, Gettin Ready For Love, nunca foi devidamente explorado e não atingiu seu potencial.


4. Heigh-Ho
Nos anos 60 as Supremes lançavam discos como se não houvesse o amanhã, sem medo nenhum de saturar o mercado. Isso queria dizer que para cada Baby Love haviam 5 covers totalmente desnecessários de standards da Broadway ou do repertório da Barbra Streisand.
Esta música em questão seria lançada no disco temático "Diana Ross and The Supremes Sing Disney", que foi gravado mas acabou não sendo lançado. O começo surreal já nos mostra que estamos diante de uma experiência única. A falta de empolgação das outras Supremes também já anunciava que algo não estava bem.


3. Missing You
Um dos últimos grandes sucessos dela no Brasil, foi trilha sonora da novela Corpo a Corpo (era música-tema da Joana Fomm). Missing You foi escrita e produzida por Lionel Richie e lançada como homenagem a Marvin Gaye, a Florence Ballard (a ex-supreme que tinha morrido 8 anos antes do lançamento da música) e ao ex-Temptation Paul Williams. Apesar de Diana não ter tido uma boa relação com nenhum dos homenageados enquanto vivos, Missing You foi um grande hit no mundo todo.
Diana só retira essa canção do baú quando algum amigo dela morre. A última vez foi na morte do Michael Jackson.


2. Home
A grande canção do filme The Wiz, Home é mais uma das pérolas esquecidas do catálogo da cantora. Provavelmente ela ainda não superou o fracasso do filme, que  acabou de vez com a carreira de atriz dela, e tenta fingir que Home nem existiu.


1. When You Tell Me That You Love Me
O grande hit de Diana nos anos 90. When You Tell Me That You Love Me fez muito sucesso na Europa, mas já faz tempo que não aparece em seus shows. Talvez a assustadora versão que o grupo Westlife gravou com ela em 2005 tenha feito a cantora querer esquecer da música para sempre. Mas nós, os fãs malucos, ainda amamos a música e queremos ouvi-la!



Para quem interessar, os setlists de vários shows recentes dela estão disponíveis aqui. É bem provável que pouca coisa mude!