Na metade da década de 80, quando muitos dos grupos que
despontaram com o movimento começavam a desaparecer, o Mecano seguiu forte se
renovando a cada disco e permanecendo relevante e popular.
Em julho de 1988, lançaram seu quinto disco, Descanso
Dominical. Com o sucesso do single No Hay Marcha em Nueva York, o álbum fez
um enorme sucesso e vendeu mais de um milhão de cópias só na Espanha, vindo a ser o mais vendido do ano.
Mas foi o terceiro single do disco, lançado em dezembro
daquele ano, que entraria para a história: Mujer Contra Mujer, um dos
primeiros hinos gays lançados na Espanha.
Por mais que outras canções da Movida também fossem
claramente gays, grande parte delas tinha mensagens de autoaceitação que podiam ser
interpretadas de muitas maneiras, e poucas tratavam abertamente das relações de
seu público-alvo como Mujer Contra Mujer.
A canção realmente não dá abertura para outra interpretação, é claramente sobre duas mulheres que têm que esconder sua relação em público, disfarçando
de amizade, e que mesmo assim são vítimas da opinião e de críticas alheias. Uma
situação que provavelmente qualquer casal homossexual conhece bem, em qualquer lugar
do mundo.
O clipe da música, mesmo sendo muito sutil e sensível, sofreu censura em vários dos países onde foi lançado, principalmente (surpresa!) na América Latina. No México a música teve inicialmente sua execução pública proibida, mas o sucesso foi tanto que o veto acabou caindo.
Na Espanha, a homossexualidade foi descriminalizada em 1979, mas manifestações públicas de afeto entre duas pessoas do mesmo sexo foram consideradas delito por escândalo público até 1988, pouco antes de o grupo lançar a música como single e fazer questão de divulgá-la em todos os programas de televisão do país.
Dois anos depois do sucesso na Espanha, o Mecano regravou a canção em francês (chamada de Une Femme Avec Une Femme) e levou a música para o topo das paradas da França, onde permaneceu por 8 semanas. No mesmo ano, lançaram também uma versão em italiano (Per Lei Contro Di Lei).
O clipe da música, mesmo sendo muito sutil e sensível, sofreu censura em vários dos países onde foi lançado, principalmente (surpresa!) na América Latina. No México a música teve inicialmente sua execução pública proibida, mas o sucesso foi tanto que o veto acabou caindo.
Na Espanha, a homossexualidade foi descriminalizada em 1979, mas manifestações públicas de afeto entre duas pessoas do mesmo sexo foram consideradas delito por escândalo público até 1988, pouco antes de o grupo lançar a música como single e fazer questão de divulgá-la em todos os programas de televisão do país.
Dois anos depois do sucesso na Espanha, o Mecano regravou a canção em francês (chamada de Une Femme Avec Une Femme) e levou a música para o topo das paradas da França, onde permaneceu por 8 semanas. No mesmo ano, lançaram também uma versão em italiano (Per Lei Contro Di Lei).
Muitos artistas de todos os lugares do mundo regravaram a música, mas para nós brasileiros uma versão curiosa é a da cantora Simone, que cantou Mujer Contra Mujer no seu disco em espanhol Dos Enamoradas, de 1996, com um arranjo e produção de Bebu Silvetti.
Hoje, 30 anos depois, apesar de alguns avanços no que diz
respeito a leis e direitos civis, continuamos enfrentando tempos difíceis e ainda
nos causa uma certa surpresa quando artistas muito influentes se assumem homossexuais ou manifestam
apoio às causas LGBT. Pensando nisso, podemos ter uma noção do tamanho do
impacto que Mujer Contra Mujer teve na época.
A coragem do grupo de abordar um tema tão delicado, que podia até prejudicá-los com a opinião popular, de uma maneira tão bonita e sem apelação não passou desapercebida, e Mujer Contra Mujer se tornou uma das canções mais famosas deles, além de ser um marco na luta pelos direitos LGBT na Espanha.
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