quinta-feira, 28 de maio de 2009

We should be dancing!

Já que estamos falando de Flops, vamos logo ao que interessa: um dos maiores flops da história!
Era uma vez uma jovem japonesa que morava na Inglaterra. Seu nome era Kakuko Suzuki. Um dia, em 1988, Kakuko conseguiu um emprego na PWL, que por acaso estava tendo muito sucesso com artistas como a Kylie, Rick Astley e Jason Donovan entre outros.
A carreira de Rick Astley tinha começado por acaso: ele era ajudante do estúdio, e servia café para os artistas e produtores durante as gravações. Um dia alguém decidiu dar uma chance pro jovem Rick gravar uma música e todo mundo sabe no que deu. Kakuko foi contratada para substituir Rick e todo mundo lá achou que talvez se dessem uma chance para ela o mesmo ia acontecer.
Quando colocaram a menina no estúdio e mandaram ela cantar perceberam que ela não conseguia pronunciar a letra R, daí tiveram que escrever músicas sem nenhuma palavra que tivesse essa letra, senão ela não ia conseguir cantar.
Depois de muito trabalho pra conseguir fazer uma letra sem a letra R, surgiu We Should Be Dancing. O problema é que em 1990 a magia das produções da PWL estava começando a sumir, e todos estavam notando isso. Depois de mudarem o nome dela de Kakuko para Kakko, ela lançou seu single que infelizmente só alcançou a digníssima posição de número 101.
Veja uma das performances promocionais e me digam se ela merecia isso. Ela merecia no mínimo top 10 só por causa dos dançarinos!


Depois da desgraça, Kakko não desistiu! Ainda lançou outro single, What Kind Of Fool (não confundir com a musica da Kylie!). O flop foi tão grande que o single não entrou nem no top 200.

Depois da vergonha, Kakko se mandou de volta para o Japão, onde conquistou a fama como atriz de novelas e é conhecida por lá até hoje.

Dizem as más línguas que ela carrega até hoje uma tristeza enorme por ter falhado. como cantora Mas só o orgulho de deixar um legado musical que, apesar de breve, é tão valoroso deveria encher o coração dela de alegria e cicatrizar todas essas feridas do passado.

Hoje os itens da Kakko custam fortunas no e-bay. Eu felizmente consegui comprar o single We Should Be Dancing, que abrilhanta muito a minha coleção.

Ah, não podemos esquecer. Apesar da Kakko só ter lançado duas musicas, parece que ela gravou um disco inteiro que até hoje está guardado. Mas essa situação provavelmente se reverterá logo! Pete Waterman vai lançar tudo isso pra download, pra alegria de todos os sete fans!

Confiram aqui um video com um pedacinho de What Kind Of Fool e a fofa da Kakko sendo entrevistada por um cachorro!

Fight for the right to party!

Quem conhece o Big Fun? Sim, essa boyband que ninguém conhece carrega o título de minha boyband favorita. Mas não que isso seja um acontecimento muito importante, já que eles provavelmente são a única boyband que já chamou minha atenção.

Tudo começou quando três rapazes se conheceram na noite londrina em pelo ano de 1987. Os três arrasavam muinto nas pistas de dança (nem preciso dizer o tipo de casa noturna que os lindos frequentavam, né?) e então decidiram tirar algum proveito disso. Como não tinham como gravar músicas por falta de dinheiro, eles decidiram simplesmente dublar musicas famosas de outros artistas. Os negócios não iam muito bem mas tudo mudou quando os rapazes conheceram Bill Grainer, que decidiu apostar neles e virou o empresário da Big Fun. Eles gravaram um single chamado Living For Your Love, que passou totalmente despercebido. Flop!

Mas então foi dada ao grupo uma segunda chance. O trio Stock, Aitken e Waterman foi com a cara deles e os convidou para gravar uma musica. Foi então que surgiu Blame It On The Boogie, uma musica do The Jacksons que eles já estavam acostumados a dublar em suas antigas apresentações.

O sucesso surgiu como mágica. De um dia pro outro eles tinham um single no top 5 e não podiam mais sair na rua desacompanhados com medo das centenas de garotinhas que não hesitariam em deixa-los em pedacinhos.

Depois de Blame It On The Boogie veio o melhor single deles. Can't Shake The Feeling era uma canção original feita para o trio e repetiu o sucesso do single anterior. O vídeo da musica exemplifica perfeitamente o que era o Big Fun: roupas bizarras, coreografias que até para a época já eram constrangedoras e as caras e bocas dos três enquanto dublavam as musicas. O vídeo também registra o enorme sucesso que eles tiveram naquele ano.


Depois disso o sucesso começou a diminuir. Muitas pessoas começaram a questionar o talento dos rapazes, principalmente pelo fato das vozes dos três cantores serem exatamente iguais, no disco, e totalmente diferentes ao falar. Até hoje o mistério sobre a voz deles não foi explicado.

Os singles seguintes não fizeram tanto sucesso. Mas é necessário mencionar que o ultimo hit dos moços, mesmo não sendo um sucesso avassalador como Boogie e Feeling, é fantástico. Big Fun em parceria com ninguém mais que Sonia só podia dar em algo muito bom e o single You've Got A Friend foi a ultima vez que os 3 apareceram no top 40.

Mesmo depois de alguns singles totalmente flopados o disco deles, A Pocketful Of Dreams, conseguiu aparecer no top 10 onde alcançou a 7ª posição. Vale a pena baixar nos e-mules da vida porque é uma pérola que vai agradar todo mundo que gosta da fase PWL da Kylie e de coisas muito gays em geral.

E para quem se pergunta onde foram parar os garotos depois do fim da banda (que não demorou a acontecer depois que pararam de vender bem), aí vai: Um deles foi trabalhar em restaurantes nos Estados Unidos, o outro casou com o namorado de longa data e é designer de interiores e o outro é empresário de ninguém mais, ninguém menos que Geri Halliwell.

Termino o post com o clipe magnifico de You've Got A Friend. Música perfeita para um fim de noite.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Discografia Básica: Everydody Knows


No começo da década de 90 os artistas produzidos pelo trio Stock, Aitken e Waterman estavam começando a sumir do mapa. A Kylie, obviamente, foi a única que conseguiu se manter em destaque.
Mas em 1990, apareceu uma ruivinha saltitante para quebrar essa triste corrente de flops.
Sonia Evans, em meados de 1989, apareceu na frente dos estúdios da PWL, e só saiu de lá depois de obrigar Pete Waterman a ouvi-la cantar. Ela ficou dias lá até ele dar uma chance para ela. O que poderia ter sido uma experiencia bizarra virou conto de fadas. Pete gostou do que ouviu e levou a garota pra cantar ao vivo em seu programa de radio na mesma hora.

Pouco tempo depois ela apareceu com You'll Never Stop Me Loving You, que chegou rapidinho ao topo das paradas de sucesso.
Depois disso Sonia lançou mais três singles (a triste Can't Forget You, a divertida Listen To Your Heart e a dançante Counting Every Minute) e em todos seus clipes ela se mostrava uma ruivinha feliz que pulava pra lá e pra cá como se não houvesse o amanha.

Só depois desses quatro singles que finalmente foi lançado o álbum Everybody Knows, que entrou direto no Top 10 do Reino Unido alcançando uma respeitável 7ª posição.

O sucesso de Sonia foi tão estrondoso que no fim de 1990 ela chegou ao Brasil, onde emplacou dois hits enormes: You'll Never Stop Me Loving You e Listen To Your Heart. No ápice do sucesso Sonia teve uma musica na trilha sonora da novela Rainha da Sucata e chegou até a fazer uma turnê promocional onde passou por alguns dos programas mais vistos no país, como o Domingão do Faustão:




Como 99% dos artistas da PWL, Sonia não conseguiu manter o mesmo sucesso atingido com seu disco de estréia e lançou só mais dois discos. Em 93 ela veio até a representar o Reino Unido no Eurovision, onde alcançou a segunda posição. Depois disso só lançou um single aqui e outro alí, mas nada que chamasse a atenção do público ou da mídia.
O Everybody Knows é daqueles álbuns que você ouvie do começo ao fim. As melodias são tão felizes que você nem para pra pensar que a Sonia esteja cantando sobre as maiores tristeza da vida dela.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Bananaramas comunistas

Pay-tv é uma das bandas mais geniais que surgiram nos últimos tempos. na Suécia E, como não podia deixar de ser, não fazem sucesso nenhum fora de lá.
Os dois primeiros singles delas fizeram sucesso lá mesmo na Suécia e em alguns cantos da Europa porque participaram do Melodifestivalen, que é o concurso que decide o artista que vai representar a Suécia no Eurovision. As musicas em questão foram Trendy Discoteque e Refrain Refrain, que fala tão ácidamente das canções típicas do concurso que eu não imagino como foi que elas conseguiram participar dele cantando isso.


Depois desses dois singles elas caíram na escuridão. Lançaram a musica Fashion Report, que faz um retrato magnifico do mundo da moda, e a fantástica Work Your Body, que também arrasa na ironia e cujo clipe caseiríssimo conta com ninguém menos que Andreas Lundstedt. Perfeito!


Infelizmente, depois de tudo isso elas não lançaram mais nada, mas eu continuo na esperança de que elas façam um retorno triunfal e que todo mundo as adore, como elas merecem!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cotovelo sou eu


Etienne Daho é um cantor francês que começou sua carreira em 1980. Aqui no Brasil quase todo mundo que sabe quem é essa pessoa provavelmente conheceu ele na trilha sonora de alguma novela da globo que eu não sei o nome, que trazia a musica Mon Manége à Moi, cover da Edith Piaf.
Eu conheci ele por acaso porque num livro uma capa de um cd dele, achei a capa bonita e fui atrás de descobrir qual era a dele.

Pelos vídeos do youtube não deu muito animo. Não tem muita coisa lá e a qualidade dos vídeos que tem são péssimas (e eu que achei que a França estivesse mais avançada que a gente na inclusão digital...). Mesmo assim eu continuei afim de ouvir mais e baixei logo a discografia dele. Não me arrependi nenhum pouco!


O melhor de tudo é que durante os anos ele passou por praticamente todos os estilos musicais que eu gosto. Tem aquelas coisas características dos anos 80, cheias de sintetizadores, eurodance (são poucas, mas tem), baladinhas e etc. Vejam algumas das minhas favoritas:

Week-end A Rome
A musica é muito fofa. Será que existe coisa mais romântica do que pegar o merecedor do seu afeto e passar um fim de semana a dois na Roma? Se tiver, me avisem.
Esse foi um dos maiores hits dele e serviu até de inspiração pro grupo Saint Etienne gravar um dos maiores sucessos deles (A ótima He's On The Phone). Aliás, adivinha de onde veio a inspiração para o nome do Saint Etienne? Exato!
E para dar um toque ainda mais especial, a cantora Lio faz uma pequena participação na música e no clipe, que marcou a primeira de muitas parcerias entre os dois. Foi por causa dessa música que eu descobri a Lio, e pretendo falar dela aqui em breve!



Ideal
Na primeira vez que eu ouvi eu achei que parecia musica de elevador, mas a cada ouvida eu me apaixonei mais. O jeito sussurrado que ele canta deixa a musica linda. O vídeo também é lindo, filmado em um aeroporto na França. Meu pai já passou por lá e me fez ter muita inveja disso enquanto eu assistia.



Des Attractions Desastre
Essa musica é perfeita. Começa com um DAHO em alto e bom som e daí ele já continua numa espécie de rap que deixa tudo muito cool.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A rainha aveludada.

Depois de lançar um álbum de estreia suuuuper fraco, a cantora sueca conhecida como Velvet surpreendeu a todos com o disco The Queen. Velvet não é o nome real dela, obviamente. Ela se chama Jenny Pettersson. O primeiro dela, que saiu já faz um bom tempo, era chatissímo e ninguém deu muita atenção pra ele.

Depois de se recuperar do baque, ela começou a lançar single após single e as músicas eram todas boas. Primeiro veio Fix Me, depois Chemistry, seguida por Deja Vu e, por ultimo, a fantástica Take My Body Close. Todas foram megahits na Suécia e todo mundo estava super ansioso pro album novo dela. Então, para aumentar ainda mais o hype, ela foi anunciada como uma das artistas que iam participar do melodifestivalen de 2009 com a musica The Queen.
Chegou a noite dela se apresentar e ela me aparece com nada mais nada menos do que essa apresentação:


O Melodifestivalen é conhecido pelas injustiças que acontecem ano após ano, e dessa vez não foi diferente e ela não foi aprovada para a final... mas tudo bem porque o single entrou pro top 20 (o que é ótimo na semana mais concorrida do ano na Suécia, por causa do concurso).
Logo depois saiu o álbum, também chamado The Queen, que além de conter os 5 singles já lançados, tinha mais algumas musicas e uns remixes. Se desconsiderarmos as duas baladas que só estão lá pra ocupar espaço e são totalmente desnecessárias, temos um dos melhores discos do ano. Todas as musicas agitadinhas são ótimas, com destaque pra Come Into The Night, que tem cara de hit e Sound Of Music, que podia ser uma homenagem definitiva à Maria Von Trapp.


Fora da Suécia já começaram a reparar nela. A musica Chemistry já está tocando por toda a Europa e eu não ia ficar surpreso se começasse a tocar por aqui (mesmo se fosse parar em uma dessas coletaneas da Building Records). Confiram o clipe super ótimo que fizeram pra passar na televisão do Reino Unido.


Enfim, vale a pena conferir o disco. É perfeito pra animar qualquer festinha. Dêem também uma olhada no site oficial dela, tá bem bonitinho.